terça-feira, 17 de agosto de 2010

Um andarilho

Ele não era um andarilho qualquer, era bem vestido, tinha casa, comida e família, mas não esboçava um sorriso em sua face, ou então alegria.
Andava tão triste, tão perturbado que as ruas pareciam lhe caminhos sem fim, seus pensamentos verdadeiros labirintos, não sabia o que fazer, nem o que dizer.
Seu silencio era notável, e falta do que dizer muitas vezes fazia falta, ele já estava cansado de viver uma vida tão amarga, feita de colheitas tão murchas, que mal podia sobreviver.
A fé, esperança e a crença naquilo que não se vê fosse tão difícil, que a única coisa que prendia aqui era corpo juntamente com a alma que ele não podia deixar para trás ou separar – se , afinal era apenas isso que andarilho de verdade tinha.

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